quinta-feira, 14 de junho de 2012

Ninguém nasce talento


Segue artigo muito interessante que li no site da Abril/Exame. Ninguém nasce talento, todos nós podemos nos tornar um!

http://exame.abril.com.br/rede-de-blogs/sidnei-oliveira/2012/06/13/onde-estao-os-high-potentials/

Onde estão os High Potentials?

Sidnei Oliveira

Considerando que a Geração Y representa uma pequena parte elitizada de jovens que nasceram entre os anos 80 e 90, e que High Potential é uma parte menor ainda dentro dessa parcela de jovens, semelhantes por seu brilhantismo, proatividade e ambição acima da média, comecei a perceber o quão raro é encontrar uma joia dessas no mercado.
Toda essa reflexão iniciou após a leitura do livro Outliers: The Story of Success, do autor Malcolm Gladwell, o qual recomendo a todos os leitores. Trata-se de um livro sobre pessoas “fora de série”, que são ou foram excepcionais em suas profissões, com exemplos de sucesso como o de Bill Gates, Steve Jobs e até mesmo os Beatles.
O mais interessante no livro é a forma como o autor aborda cada caso, mostrando os demais fatores externos, além do talento, que estavam diretamente ligados àquele sucesso, como preparação, oportunidade e ambiente cultural.
Percebemos, então, que um High Potential nunca será reconhecido como tal sem pelo menos um desses fatores externos. Ninguém chega ao topo sozinho. Prodígios não nascem sabendo que são assim. Sucesso também tem a ver com autoconfiança e isso só se consegue quando se tem parâmetro e feedback.
Com isso, damos um passo atrás, pois a questão principal deixa de ser a escassez de jovens altamente qualificados (que tanto se fala por aí) para se tornar a maneira que as empresas e líderes estão utilizando para identificá-los e desenvolvê-los.
A estagiária do departamento financeiro só saberá que tem grandes chances de virar uma estilista de sucesso quando alguém desse meio visualizar seu potencial e disser isso a ela. Caso contrário, a coitada passará a vida toda achando que os croquis que ela desenha no caderno não passam de rabiscos e que seu gosto por moda nada mais é do que um hobbie.
Lógico que também existe o outro lado da história e digamos que o chefe da tal estagiária não tem bola de cristal para adivinhar que sua funcionária não está tendo uma boa performance por causa do pai que a obrigou fazer faculdade de Economia, resultando nessa sucessão de erros.
Mesmo assim, arrisco dizer que existe uma centena de High Potentials por aí que ainda não foram avisados sobre isso e uma outra centena de líderes que não os encontraram, talvez até investindo nas pessoas erradas.
Sem dúvida alguma não é um trabalho fácil. Deve haver uma grande sintonia entre preparação e feeling do líder nesse assunto, curiosidade do liderado para não criar tantos impedimentos na hora de arriscar, e não menos importante, o voto de confiança da empresa para investir no potencial de seus funcionários e acreditar que, no futuro, alguns deles poderão alcançar o mais alto patamar de um Outlier.
Beatriz Carvalho
Organizações podem estimular e promover High Potencials através de uma cultura que fomenta performance e meritocracia. O próprio Gladwell, no livro acima citado, combina 3 fatores para que isso aconteça:
1 – Uma estrutura organizacional que promova autonomia – conseguir minimizar burocracias e realizar atividades de real importância. Saber que o Talento pode fazer o que é correto da forma certa e que tem apoio de seus líderes para isso.
2 – Lidar com a complexidade: um trabalho que envolva mente e imaginação, que dê a oportunidade de agir como dono do negócio, assumindo a responsabilidade pelas decisões e consequências, levando-o a estágios cada vez mais desafiadores.
3 – Relação justa entre esforço e recompensa: quanto mais tempo se dedicar e se esforçar para entregar resultados ou criar valor, mais reconhecimento e recompensas o Talento ganha.
Quando a organização combina um lugar onde é possível trabalhar com esforço e dedicação, que há justiça e meritocracia visível e constante, e onde o talento consegue utilizar sua mente para criar e inovar em ambientes desafiadores, terá grandes chances de desenvolver High Potencials.
Eduardo Carmello
Gosto de pensar que High Potencial é uma figura singular que emerge no meio das pessoas comuns que se preocupam em serem apenas executores de tarefas. Todos temos nossos potenciais talentos, isso é item de série para o ser humano, contudo, somente alguns exploram seus talentos com ousadia e determinação.
Claro que precisamos de auxílio para desenvolver os talentos, ninguém nasce pronto, por isso que nos apoiamos em mentores, aquelas pessoas que são capazes de identificar, desafiar e incentivar o High Potencial.
Portanto, além dos fatores apontados, quero ressaltar que todo High Potencial, em algum momento de sua trajetória, conquista um mentor ou alguns mentores que são fundamentais para o seu desenvolvimento. Esse fator é fundamental, por isso, se quer ser um High Potencial, não esqueça de conquistar seu mentor.

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